Existem vários motivos para procrastinação. A falta de organização de tempo pode ser um vilão para cultivá-la. As vezes o envolvimento com o perfeccionismo nos faz protelar situações, tarefas que poderiam ser bem-sucedidas se fossem terminadas. Porém a perfeição não existe, e assim tudo será somente um projeto engavetado. Por outro lado, procrastinar pode ter suas vantagens, o não enfrentamento das tarefas pode fazer muitas vezes o corpo e a mente relaxarem, assim cultiva-se um bem-estar… pensar que posso fazer outro dia, deixa mais espaço para fazer o que oferece prazer no agora.

Quanto ao olhar sistêmico a procrastinação pode estar atrelada as lealdades familiares.

Pessoas que fazem parte de famílias que tiveram ou têm dificuldades financeiras, que não conseguiram ascensão, ou que o realizar foi doloroso e não alcançaram o sucesso. No íntimo falam para seu sistema familiar: Eu sigo vocês!

Ser e fazer diferente, como conseguir realizar, ter sucesso pode trazer uma consciência pesada por não ser igual a maioria.

Muitas vezes a procrastinação é um sinônimo de honra aos que ama e ficando atrelado a eles de maneira inconsciente.

Trazer à consciência este amor cego e pesado pode ser o primeiro passo de desligamento desta lealdade familiar.

Olhar para os familiares que tiveram por algum motivo de procrastinar, reconhecer seus esforços e amorosamente pedir licença para ser e fazer um pouco diferente, facilita conseguir o que a tanto tempo não se consegue no clã. Para ter força de se organizar, sem precisar ser perfeito, ter foco e organização no aqui e agora concordar que até então foi assim, ter consciência que não mudará o passado, mas que pode tomar a força, vitalidade para ser utilizada para realizar, pode fazer jus a própria vida e ao seu lugar de desenvolvimento e evolução no sistema familiar e no mundo.

Reflita sobre isso!